Certa vez, numa entrevista concedida à revista “Playboy”, Gilberto Freyre - autor de “Casa Grande & Senzala”,
o livro clássico que revelou a importância do negro na formação
histórica da sociedade brasileira - incluiu o arquiteto Oscar Niemeyer
na sua lista de sujeitos proeminentes que considerava burro. Aliás, mais
do que burro, o mestre de Apipucos o tinha na conta de sujeito chato e
muito ignorante, um tipo de pessoa com a qual seria sempre difícil
manter-se uma conversa interessante. (Ah, agora me lembro: a entrevista
foi concedida ao jornalista Ricardo Noblat, então repórter da Veja, ou coisa assim, no início dos anos 80).