terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O Critério Idiota

O que está havendo com o mundo? Ao invés de julgarmos as pessoas por seus méritos, estamos julgando pelo seu nível de “coitadisse”: quanto mais o sujeito é um “coitado” mais ele parece ser digno de todas as honras. Não há nenhuma grandeza em ser miserável, como muitos parecem acreditar. Vale lembrar o trecho de Bertolt Brecht:

“Não há sentido na nossa miséria; fome não é prova de fortaleza, é apenas não ter comido!... Esforço não é vergar as
costas e arrastar, não é mérito!...
A miséria não é condição das virtudes, meus amigos!... E não me venham com a beleza das riquezas que fomos capazes
de produzir!...
Se a nossa gente fosse abastada e feliz, aprenderia as virtudes da abastança e da felicidade. Mas hoje, as virtudes dos
pobres nascem... da pobreza!
Eu abomino isso! Sim, abomino! Ou vocês querem que eu minta a nossa gente?”

Pena que as esquerdas de nossos dias tenham descoberto muitas “virtudes” na miséria e façam de tudo para mantê-la e até para elevá-la à categoria de critério último de julgamento. Esse critério ainda nos levará a afirmar que qualquer garoto que batuque um tambor é mais importante que Beethoven.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Bakunin contra Marx



“(...)  os marxistas dizem que esta minoria será formada por trabalhadores. Sem dúvida se tratará de antigos trabalhadores que, uma vez que se convertam em governantes ou representantes do povo, deixam de ser trabalhadores e começam a olhar com desdém para a classe trabalhadora desde o ponto de vista da autoridade de estado, pois representam não o povo, mas sim a eles mesmos e seu próprio desejo de governar os demais. Qualquer um que duvide disso não sabe nada da natureza humana... Os termos “socialista científico” e “socialismo científico”, que  encontramos incessantemente na obra de lassalianos e marxistas, bastam para provar que o denominado governo do povo não será mais que um despotismo sobre as massas, exercido por uma nova e pequena aristocracia de reais ou falsos “cientistas”. O povo, inculto, estará completamente isento da tarefa de governar e se verá forçado a formar parte do rebanho dos governados. Pequena emancipação!... Eles (os marxistas) pensam que só uma ditadura, a sua por suposto, pode trazer a liberdade ao povo;  nós respondemos que uma ditadura no pode ter outro fim que perpetuar-se a si mesma, e que não pode engendrar nada além de escravidão no povo a ela submetido. A liberdade só pode criar-se a partir da liberdade, ou seja, a partir de todo o povo e pela livre organização das massas trabalhadoras desde baixo”. ( Bakunin, Estatismo y anarquia. Citado por  Leszek Kolakowski em Las principales corrientes del marxismo. Tradução de Badou Sarcass)

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