sábado, 10 de dezembro de 2016

TORRENT - O SÉTIMO SELO: uma confissão com a Morte


ANTONIUS BLOCK: Eu quero confessar o melhor que eu posso...Mas meu coração é vazio. O vazio é um espelho. Eu vejo meu rosto... E sinto delírio e horror. Minha indiferença aos homens fechou-me totalmente. Eu vivo agora em um mundo de fantasmas... um prisioneiro em meus sonhos.
MORTE: Ainda assim, você não quer morrer.
ANTONIUS BLOCK:  Sim, eu quero.
MORTE: O que você está esperando?
ANTONIUS BLOCK: Conhecimento.
MORTE: Você quer uma garantia.
ANTONIUS BLOCK: Chame o que você quiser. É tão difícil conceber Deus com os sensos de uma pessoa? Porque ele tem de se esconder numa neblina de vagas promessas e milagres invisíveis? Como iremos acreditar nos que acreditam quando não acreditamos em nós mesmos? O que será de nós que queremos acreditar, mas não podemos? E quanto àqueles Que não podem ou não irão acreditar? Porque não posso matar Deus dentro de mim? Porque ele vai vivendo em um sofrido e humilhado jeito? Eu quero tirá-lo do meu coração... Mas ele ainda continua uma realidade assustadora que eu não posso me livrar. Está me ouvindo?
MORTE: Estou te ouvindo.

ANTONIUS BLOCK: Eu quero conhecimento. Não crença. Não suposições. Mas conhecimento. Eu quero que Deus ponha sua mão, mostre seu rosto, fale comigo.
MORTE: Mas ele é mudo.
ANTONIUS BLOCK: Eu choro para ele no escuro, mas parece não ter ninguém lá.
MORTE: Talvez não tenha ninguém lá.
ANTONIUS BLOCK: Então a vida é um terror sem sentido. Nenhum homem pode viver como a Morte e saber que tudo é nada.
MORTE: A maioria das pessoas não pensa nem na morte ou no nada.
ANTONIUS BLOCK: Até que eles chegam ao final da vida e veem a escuridão.
MORTE: Ah, esse dia.
ANTONIUS BLOCK: Eu percebo. Devemos fazer de nosso medo, um ídolo... e chamá-lo de Deus.
MORTE: Você não é fácil.
ANTONIUS BLOCK: A Morte me visitou essa manhã. Estamos jogando xadrez. Esse adiamento me permite fazer uma tarefa vital.
MORTE: Que tarefa?
ANTONIUS BLOCK: Minha vida inteira tem sido uma procura sem significado. Digo isso sem amargura ou auto condenação. Eu sei que é o mesmo para todos. Mas eu quero usar meu adiamento para uma ação significante.
MORTE: Então você joga xadrez com a morte?
ANTONIUS BLOCK: Ele é um tático bem habilidoso mas ainda não perdi uma peça.
MORTE: Como você pode ganhar da morte?
ANTONIUS BLOCK: Com uma combinação de bispos e cavalos. Irei quebrar seu flanco.
[A morte até então de costas, se volta]
MORTE: Eu devo me lembrar disso.
ANTONIUS BLOCK: Traidor! Você me trapaceou! Mas vou arranjar um jeito.
MORTE: Continuaremos nosso jogo nos dormitórios.
ANTONIUS BLOCK: Essa é minha mão. Eu posso movê-la. O sangue está pulsando em minhas veias. O Sol ainda está em seu apogeu e eu, Antonius Block, estou jogando xadrez com a Morte!

Confira o vídeo da confissão!
Quer assistir o filme? Eis aqui o Torrent

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