terça-feira, 25 de junho de 2013

VICO VIVO




A ESTÁTUA do filósofo Giambattista Vico ergue-se na Villa  Nazionale, o parque municipal de Nápoles. Perto do mar, a figura de pedra, corroída pelo tempo, olha o panorama do Posilippo, da ilha de Capri, do Vesúvio, ao pé do qual a cidade submergida de Pompéia dorme: paisagem essencialmente histórica, onde os gregos, os romanos, os longobardos, os árabes, os alemães, os franceses, os espanhóis deixaram os seus traços; paisagem que sonha com o passado, e com um futuro incerto. Como a história, também aquela estátua, na penumbra das árvores velhíssimas, parece insensível aos sofrimentos e sonhos humanos; contempla com o olhar frio de pedra as crianças inocentes que brincam ao pé do monumento, que não sabem quem foi aquele que lhes traçou, a elas também, os implacáveis destinos futuros.

Como sabem morrer as mulheres na ópera!

Morte de Electra na ópera "Idomeneo", de Mozart:



Morte de Abigaile na ópera "Nabucco", de Verdi:

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Badou às Portas Do Inferno


(ou Epitáfio Para A Esperança)

Cá está Badou, com o vento a soprar-lhe os cabelos.
Um homem cuja solidão violou o sacro tempo,
A quem a loucura tornou um deus de areia.

Sobrevivo ainda, é verdade: até quando?
Reconheço as desventuras, a vontade deles.
Sou Ulysses contra a fúria de um mar cor de vinho.

Minha odisseia urbana, meu tempo perdido:
Ando como um escravo que canta ao pensamento
O coro dos vencidos, suspiros pela pátria usurpada.

Poderá alguém dizer: “acaso deliras?”
Mas, no subsolo, Badou constrói sua torre de marfim,
Brada aos quatro ventos a mediocridade da raça.

O “território livre” se encontra com o Construtivismo na Terra do Nunca




Desde que ingressei na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1992, intriga-me ouvir que a USP e, por conseguinte, o Largo, constitui território livre. Sempre tentei compreender o que essa liberdade significaria.

Textos de Nelson Rodrigues






A Multidão Afrodisíaca

Uma Banana Como Merenda

As Gêmeas

A Vaca Premiada

A Feia Nudez

Era Bonito Ser Histérica

O Ex-Covarde

A MULTIDÃO AFRODISÍACA

Por Nelson Rodrigues



Nunca me esqueço de uma conversa que tive, há tempos, com o Plínio Marcos, o autor mais representado do Brasil. Hoje, é difícil, senão impossível, descobrir um teatro que não tenha o seu nome, na frente, como uma manchete. Mas eis o que me disse o Plínio Marcos: — “Eu queria representar no Maracanã, para 200 mil pessoas!”.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Badou às portas do paraíso





"As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade."
Goethe

No caos em que choro
Meus deuses de outrora.
Ao distante céu imploro,
Rogo àquela musa ignara
Que pelos ares abandone
Um ou outro verso infame
Que faça, em Badou, o milagre
De enterrar a poesia certa,
Ainda que ele nunca espere
A porta do paraíso aberta.

Tempo tríbio: de Burke a Gilberto Freyre











Por Thiago Moraes

Um dos maiores problemas que encontramos no quadro institucional de nosso país é a falta de compromisso dos políticos com as idéias que dizem defender, de modo que ao se votar num socialista muitas vezes estamos escolhendo apenas mais um exemplar do velho coronelismo e ao se votar num liberal apostamos num defensor de todas as formas de mal corporativismo. Para quem é católico isso até acarreta uma complicação extra, pois para seguir os ensinamentos da Igreja em matéria política se fica dependendo de uma reflexão sobre o que as coisas são na realidade, já que não é prudente fazer uma aplicação direta baseada em rótulos.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Eles, os medíocres




Quem, calado, abomina
Os fazeres do homem
Medíocre que parte para
A luta e leva no rosto
A poeira do chão,
Sabe o que é
Ser maior de espírito
Contra míseros corvos
Que usurpam eternidade.
Badou percorreu casas,
Adentrou mulheres,
Violou virgens pelos quatro
Cantos da vida eterna:
Amém!

domingo, 9 de junho de 2013

O Inferno Lírico de Badou Sarcass X


Eu, Badou Sarcass, anarquicamente único,
Religiosamente ateu...
Vivo como se estivesse às vésperas da morte,
Ou talvez, da vida plena.
Eu, amante do demônio,
No qual não acredito nem um pouco.

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