(ou o cantor de silêncios)
Minha loucura não é de hoje, é de sempre. Portanto, calem-se!
Sou uma inexistência sóbria, o preferido dos deuses de minha timidez.
Se invoco a verdade, é para provar que ela não existe.
Se clamo por justiça é para dizer que não pertenço a este lugar.
Estou farto do mortal e dos mortais...
Desse maniqueísmo frio do qual sou fruto.
As ciências tudo me dizem, mas eu nada entendo.
Há uma vontade desesperada de gritar,
O grito infinito, o grito de deus.
“Ah Badou, se pudesses...
...mas teu cantar são silêncios.”
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