Maio... mês que não passa, mês que tortura minh'alma, início de um  inverno que não sinto e que não é capaz de me fazer sofrer. Não a mim.  Não Badou Sarcass, alguém que não existe há muito. As noites estão mais  frias, chegam mais cedo e trazem aquela dor, humana, que eu amo desde  que nasci. Badou Sarcass, o maior dos vermes, supra-sumo do submundo,  angustiado em seu Inferno Lírico, acima de tudo um lúcido. Nestas  frágeis linhas escritas por uma mão trêmula que segura um cigarro mas  não tem coragem de acendê-lo, deixo marcado meu olhar sobre o frágil  outono brasileiro, este, como Badou, também uma inexistência que insiste  em persistir.
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